Vais para a praia? O Patrick Bet David tem uma ideia diferente de como podes aproveitar o teu verão.
Aqui no Erre escrevemos muito sobre sucesso, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal, como forma de motivar outros a procurarem sentirem-se melhores consigo mesmos e também a dar-lhes ferramentas necessárias para seguirem o seu próprio caminho e definirem o seu sucesso.
Mesmo com textos originais e baseados em ideias, também podemos publicar textos de outros autores que nos inspiram a escrever mais e melhor.
E foi isso que aconteceu a semana passada, quando li um texto fantástico de Murillo Leal, que encontrei no Medium.
Já tenho lido bastantes artigos escritos pelo Murillo e não podia concordar mais com a sua visão sobre o empreendedorismo e os desafios que um empreendedor enfrenta mas que são embelezados pela cultura de sonho empreendedor que temos vindo a assistir nos últimos anos.
Tal como Murillo explica, parece que nos últimos anos o empreendedorismo é a solução para todos os problemas que encontramos no mercado de trabalho. Se acha que recebe pouco, então tenha o seu próprio negócio e tenha o salário que sempre quis. Se detesta o seu chefe, então torne-se no seu próprio chefe. Se não consegue trabalhar com outros colegas, faça uma empresa com os seus amigos. Se não gosta de trabalhar à frente de uma secretária das 9 às 6, tenha o seu negócio e trabalho quando quiser e onde quiser. Ou seja, se está completamente insatisfeito com a sua vida profissional então a solução é ser empreendedor.
Contudo, o que muitos se esquecem é que ser empreendedor não é simplesmente despedir-se do seu emprego, criar o seu negócio e ser o seu próprio chefe.
Não.
Há uma parte do sonho do emprendedor que não está a ser vendido tantas vezes quanto o sonho em si. Há uma parte de sacrifício que muitos desconhecem e outros ignoram, porque os sonhos são para ser fáceis. Tal como diz Murillo:
Existe uma falsa sensação de que quem opta pelo caminho de ser seu próprio patrão tem mais tempo livre, menos cobrança e mais liberdade. Será que realmente todos estão preparados para assumir a imensa responsabilidade de ser o gestor de suas tarefas e do seu tempo hábil de produtividade?
No início nós somos tudo: o vendedor, o marketer, o contabilista, o chefe de facturação, a recepcionista, o director de produção. Quando trabalhamos com outras pessoas, estamos responsáveis por um conjunto de funções e o resto é tratado por outras pessoas. Imagine que um cliente tem um problema com a facturação mas você é do departamento de Marketing, como resolve o problema? Simples, reencaminha o email para a facturação e eles que tratem do assunto. Mas e se você for o dono da sua empresa e o único funcionário da mesma? A quem é que vai enviar o email a tratar desses assuntos?
É esta perspectiva do empreendedor que fica muitas vezes omissa quando falamos das vidas dos multimilionários que construiram a sua vida através de uma ideia. Esses multimilionários tiveram de fazer muitos sacrifícios para chegar onde chegaram: ouviram muitos nãos, foram a muitas reuniões, ficaram muitas noites sem dormir enquanto trabalhavam a full time no trabalho normal, falharam muitas festas de aniversário, batizados e almoços de família, estiveram a trabalhar enquanto a família almoçava com os amigos num restaurante perto de casa. E muitos de nós não estamos dispostos a aguentar todos esses momentos duros para ultrapassarmos essa fase inicial e depois colhermos alguns frutos.
O incentivo ao empreendedorismo que temos visto nos últimos anos é positivo, pois tem motivado várias pessoas a concretizarem grandes ideias que, sem essa determinação, teriam ficado numa gaveta esquecidas. Ainda assim, é preciso fazer mais. É preciso tratar o empreendedorismo com paixão, é certo, mas também com realismo e de forma transparente, mostrando todas as suas vantagens mas também os desafios que esta "profissão" carrega.
Concluindo, para mim, o empreendedorismo faz sentido mas não é para todos. E o Murillo conclui também assim o seu texto:
Ser empreendedor é maravilhoso, mas não pense que criar um produto e vendê-lo fará da sua vida mais tranquila e calma. Ser empreendedor só faz mais sentido quando se é plenamente dedicado as atividades, mantendo a qualidade, o foco e a dedicação, mas também é colher tudo que plantou. E até para colher frutos, exige-se muito trabalho não é?
Sucesso...sucesso...sucesso...muito se fala sobre o sucesso hoje em dia. O sucesso profissional, o sucesso pessoal, o sucesso em liderar pessoas, o sucesso a inovar, o sucesso a inspirar outros a fazer o mesmo. Mas o que é preciso para ter sucesso?
Quando olhamos para grandes figuras da actualidade, como políticos, empreendedores, artistas, filósofos, todos dizem que o sucesso não aconteceu de um dia para o outro. O sucesso é um processo de vários anos de muito trabalho e sacríficio, uma caminhada cheia de altos e baixos, uma maratona longa e sofrida.
Podemos dizer que o sucesso não é um elevador, mas sim uma escada, em que se começa a subir degrau a degrau, passo a passo. Mas nem sempre o caminho é sempre certo, pois por vezes um degrau é maior do que outro, por vezes voltamos atrás, por vezes não conseguimos chegar lá quando queríamos.
Na escada do sucesso, começamos com um potencial dentro de nós, pois há uma ideia que arde dentro de nós que nós queremos concretizar e então tomamos a decisão e arranjamos vontade para começar esta aventura. Depois dos primeiros passos, ganhamos confiança e pode-se sentir a nossa garra de querer fazer e acontecer. Ganhamos competências e capacidades para tornar tudo aquilo que desejamos em realidade. Mas nem sempre o caminho é fácil de percorrer, há imensos altos e baixos e é sem dúvida a persistência que nos faz continuar a querer concretizar o nosso sonho e a nossa dedicação a este nosso projecto bebé aumenta de dia para dia. Os nossos esforços contínuos todos os dias de forma intensa tornam-se em disciplina, ganhando rotinas e hábitos de trabalho que nos tornam profissionais naquilo que fazemos e é nesse ponto de viragem que nos superamos e alcançamos a vitória.
Como se pode ver na imagem abaixo, a vitória não vem nem no primeiro, nem no segundo e terceiros degraus, mas sim muito mais à frente. Porque a vitória só aparece no final depois de se ultrapassar todos os obstáculos, depois de se viver os grandes altos e baixos, depois de se superar as dificuldades, depois de se abraçar o medo e remar contra a maré.
O sucesso é uma longa e torturosa escada - mas ficar em terra e não subir até ao topo é imperdoável.
Millenials, os jovens de hoje em dia, a geração que tudo tem e não dá valor a nada, a geração dos licenciados sem trabalho, a geração dos Facebooks, dos estágios não remunerados...já se diz tanta coisa sobre esta geração (que por acaso é a minha), e a maioria das vezes não é para falar bem. Dizem que são os impacientes, os narcisistas, os mimados que têm tudo.
Contudo, os milionários mais jovens estão a mudar o mundo: desde o Facebook, a Tesla, a Uber, estas inovadoras empresas estão a marcar a contemporaniedade e a mostrar que os jovens trabalham e também chegam longe.
A Success Magazine, uma revista dedicada a contar histórias de pessoas, negócios de sucesso e de empreendedorismo, analisou alguns casos de sucesso e decidiu criar uma lista de 6 hábitos que os jovens empresários têm e que os levou ao topo.
A partir deste artigo, descobrimos:
1. Os Millenials sabem o quão importante é dormir. Para alguns, faz parte do trabalho. Porque apenas com descanso real é possível ter energia para criar e empreender grandes ideias. As maratonas de trabalhar à noite e a ingestão compulsiva de café podem fazer parte desta geração, mas ao contrário dos pais, eles sabem quando parar e vão directos para a cama recarregar baterias, para que umas horas mais tarde estejam frescos e cheios de criatividade e motivação para trabalhar nos seus projectos.
2. Os Millenials sabem como usar as redes sociais, pois a grande maioria foram eles que as criaram. Todas as aplicações móveis, websites e plataformas online ou foram criadas por Millenials ou estão a ser desenvolvidas por eles. Estarem na vanguarda da revolução tecnológica permite-lhes identificar necessidades no mercado e criar produtos ou serviços para as pessoas, um primeiro passo para a construção de um negócio sustentável.
3. Os Millenials valorizam mais o conhecimento do que o dinheiro. São jovens criativos e extremamente independentes pelo que a sua relação com a escola é diferente que a dos pais tiveram. Com a crise dos licenciados desempregados, percebe-se que a maioria do jovens queira um trabalho que lhes dê formação e lhes permita dar asas à sua criatividade do que ter um chorodo cheque no bolso. Valorizam mais a experiência do que a conta bancária, por se sentiram mais realizados com o conhecimento.
4. Os Millenials são orientados para os objectivos e gostam de ter a liberdade de fazer uma lista de tarefas diárias. Num era em que existe informação a mais, os Millenials conseguem filtrar aquilo que interessa, valorizando informação relevante, experiências práticas, networking - e tudo isso deve ser feito diaria e constantemente, como forma de crescimento.
5. Os Millenials são especialistas no multitasking. Não só percebem as suas vantagens como fazem-no de forma eficiente, não deixando que se sintam vítimas do mesmo. O facto de terem sido expostos à internet e à tecnologia desde crianças faz com que se tornem totalmente adaptáveis a novas aparelhos e softwares. Armazenam a informação de forma rápida e podem "trocar o chip" sempre que quiserem.
6. Os Millenials previligiam a flexibilidade, para poderem trabalhar nas suas horas mais produtivas. O trabalho rotineiro das 9h às 5 não lhes fica bem, pois uns funcionam melhor à noite e outros de dia, pelo que forçar todos os jovens a trabalhar com o mesmo horário não desenvolve o seu potencial máximo. Se lhe derem flexibilidade, estão mais motivados e focados no trabalho, pelo que os resultados serão ainda melhores.
Muitas outras qualidades terão os Millenials e certamente, como qualquer outra geração, têm os seus valores e pontos fracos. Devemos, no entanto, reconhecer a sua maior capacidade: a de aprender com as gerações anteriores e adoptar os melhores hábitos e não seguir os piores.
O sucesso. Aquela palavra que nos deixa a pensar, aquele estado que todos queremos alcançar. Queremos ser felizes e sobretudo queremos ter sucesso. Queremos ter sucesso e queremos que os outros reconheçam o nosso sucesso.
Mas o que é o sucesso? O que é uma pessoa bem sucedida?
Cá em Portugal, o sucesso parece ser um salário rechonchudo ou apenas um contrato de trabalho. Sucesso parece ser o BWM estacionado na garagem, ser chefe de uma empresa, ter uma equipa de trabalho, ser gestor ou advogado ou médico, usar uma determinada mala ou ter determinado relógio, só ir comer fora, morar numa casa de grandes dimensões...
O conceito de sucesso tradicional está demasiado agarrado às coisas que temos e não propriamente ao que fazemos. Tal como já defendi aqui, o sucesso vem com o bom profissionalismo, com a utilização das nossas capacidades, com o nosso potencial a ser desenvolvido todos os dias. Contudo, nem sempre esse sucesso é reconhecido pelos outros.
E é aqui que temos de mudar a mentalidade para termos melhores profissionais e pessoas motivadas em trabalhar.
O sucesso não é uma moral colectiva definida por todos. O sucesso é o atingir dos nossos objectivos pessoais. É a satisfação com o nosso bom trabalho. É a consciência tranquila de quem fez o que era necessário fazer para prestar determinado serviço a outro.
O sucesso é um "consegui!" mas esse consegui é uma satisfação interna, uma celebração depois de termos um sonho, planearmos o nosso caminho e de termos chegado lá.
Para que as pessoas se sintam bem e sejam bem sucedidas, devemos ignorar as pressões dos outros e focarmo-nos em nós. O que eu quero? O que eu não quero? O que eu quero ter? O que eu não quero ter? O que eu quero ser? O que eu não quero ser? A partir destas questões, teremos sucesso quando chegarmos a esses objectivos e não precisaremos de vestir um fato e uma gravata todos os dias nem ter um carro à porta da garagem.
Não quero dizer que as pessoas não possam usar fatos e gravatas para o trabalho. O que quero dizer é que não é isso que define o sucesso de alguém. Pois o sucesso é algo pessoal.