Este verão - que parece que ainda não passou, que ainda dá para ir á praia - eu não tive grandes férias. Aliás, não tive mesmo férias. Fui apenas aproveitando os feriados e os fins de semana aqui e ali e chamei isso de férias. Mas uma semaninha, sem fazer nada, a ir à praia, a acordar tarde, a organizar a casa, a arrumar coisas, a ter todo o tempo do mundo para mim, isso eu realmente não tive.
No outro dia vi mais um artigo com um título mesmo a chamar por mim para dar o like. "O que deveria escolher: tempo ou dinheiro?", dizia o título do The New York Times.
Escolher tempo ou dinheiro? Nem precisava de ler o artigo.
Vi uma colega de escola festejar o primeiro salário do irmão e lembrei-me que não festejei o meu.
A ideia do primeiro salário parece-me de facto importante. É aquele primeiro dinheiro que ganhamos com o nosso trabalho. Não é aquela mesada grande de quando chegamos à faculdade, não é aquela nota que os avós dão no Natal, não é aquele presente dos 18 anos adiantado para poder comprar a mota ou o carro. É aquele dinheiro que ganhámos porque tiramos parte do nosso tempo para fazer um serviço qualquer. E isso torna-nos mais reais, mais adultos, talvez?
Quanto entrei para a faculdade, sabia que queria gastar o meu primeiro dinheiro numa caixa de CDs da minha banda preferida, na altura avaliada em mais de 150 euros. Poderia ser apenas uma caixa de CDs mas como era bastante cara, para mim simbolizava que eu só iria conseguir adquiri-la quando tivesse o meu dinheiro.
Quando entrei para o mestrado, comecei também à procura de trabalho e uma colega de mestrado disse que tinha comprado uma pulseira para marcar esse feito importante na vida. Entre uma pulseira e uma caixa de CDs, a pulseira parecia que fazia mais sentido mas continuei com a minha ideia de ter a derradeira caixa, por aquilo que significava para mim.
Há mais de 18 meses atrás, quando realmente recebi o meu primeiro salário, não o gastei na caixa de CDs. Gastei-o em idas à praia, em almoços com os amigos, em jantares de aniversários, em experiências e viagens, e em cursos e eventos que quis ir.
Alguns meses depois, quando notei que já recebia o meu dinheiro, apercebi-me que a caixa de CDs não tinha sido comprada. E não fiquei triste nem chateada. A minha cabeça já não estava a pensar na caixa de CDs mas sim noutras coisas.
Já tinha a percepção que prefiro investir o meu dinheiro em vez de gastá-lo; que prefiro comprar experiências a comprar coisas; que prefiro gastar o dinheiro não quando o tenho mas quando faz sentido gastá-lo.
Percebi com o meu primeiro dinheiro que é realmente importante ter uma relação saudável com o dinheiro. O dinheiro é um bem essencial à nossa vida, e cada vez mais as pessoas têm menos dinheiro do que aquele que necessitam. Mas também vejo muitos jovens que não fazem ideia o que realmente é o dinheiro e o poder que ele tem. Com o meu primeiro dinheiro, percebi a dificuldade que é ter custos fixos; o desafio que é ter um pouco que seja no final do mês; a noção de que poupar deverá ser mandatório mas é genericamente impossível.
Por isso, a maior lição que tive do meu primeiro salário é que o dinheiro é importante. Numa sociedade que nos faz gastar em coisas que não interessam, em cada vez mais materiais, o meu primeiro salário fez me ver o quão importante é ter dinheiro e o quão importante deve ser o nosso mindset de investir em vez de gastar. Vamos sempre ter de gastar dinheiro, mas que pelo menos seja em questões essenciais e não gastar só porque o vizinho tem, só porque o colega de trabalho também o faz, só porque todo o mundo diz para fazer.
Dinheiro é investir não gastar. E foi isso que aprendi com o primeiro, o segundo e o terceiro dinheiro. E é uma lição que valerá para toda a vida e que se deveria aprender, com ou sem primeiro salário.
Emma Watson é mais do que uma jovem mulher: é atriz, graduada da Universidade de Brown e embaixadora das Nações Unidas, em favor das mulheres e do feminismo.
Ao lançar a sua campanha HeForShe em 2014, reforçando o papel que a comunidade masculina deve ter em defesa dos direitos universais e das mulheres, Emma tem feito vários discursos sobre a emancipação feminina, os direitos laborais, educacionais e sexuais como forma de despertar as consciências do mundo ocidental, africano e asiático para os abusos que mulheres em todo o mundo vivem.
Assim, a jovem atriz criou 7 regras para a sua vida que devemos seguir religiosamente para sermos mulheres confiantes, determinadas, livres e felizes.
Apesar de Emma ter dito que, a princípio, adoptar estes princípios "assustava-a" de morte, ela garante que é absolutamente necessário segui-los para ter a vida que sempre quis ter.
Aqui fica a lista:
1 - Estou disposta a ser vista;
2 - Estou disposta a falar;
3 - Estou disposta a continuar em frente;
4 - Estou disposta a ouvir o que outros têm a dizer;
5 - Estou disposta a continuar em frente, mesmo que sozinha;
6 - Estou disposta a ir para a cama todos os dias em paz comigo mesma;
7 - Estou disposta a ser a versão maior, melhor e mais poderosa de mim mesma.
Emma menciona que estas frases inspiradoras nem sempre são fáceis de aplicar no dia-a-dia, e que ela também falha muitas vezes em estar em paz consigo mesma. Mas ainda assim, sabe que se viver segundo estas verdades, irá viver de melhor maneira.
Às vezes os simples é o mais difícil de ser feito, que acham destas frases?
Se há algo que aprendi na vida, é que às vezes os tempos mais difíceis são aqueles que nos levam aos melhores lugares. Aprendi que as pessas tóxicas ensinam-nos as lições mais importantes; que as maiores dificuldades garantem-nos o crescimento que necessitamos; que as maiores perdas de amor e amizade podem dar lugar a pessoas maravilhosas que vamos conhecendo. Aprendi que o que parece ser uma maldição no momento pode ser uma benção, e que o que parece ser o final da estrada é apenas a descoberta de um novo e melhor caminho a percorrer. Aprendi que não interessa o quão difíceis as coisas parecem ser, existe sempre esperança. E aprendi que não interessa o quão fracos nos sentimos e o quão horríveis podem ser as situações, não podemos desistir. Temos de continuar. Mesmo que seja assustador, mesmo quando já não temos forças, temos de nos levantar e seguir em frente, porque aquilo que estás a viver, neste momento, vai passar e tu vais ultrapassar tudo. Já chegaste até aqui e podes ultrapassar qualquer coisa que venha aí."
Quando se fala na onda do empreendedorismo, exalta-se sempre a liberdade de sermos o chefe, o patrão, de não termos de apresentar resultados a ninguém e de podermos tomar conta do nosso próprio negócio.
Muitas são as dúvidas que nos aparecem no início e por vezes encontramo-nos divididos entre as vantagens de ter um trabalho com alguns benefícios e a vontade de partir para a aventura e fazer aquilo de que realmente gostamos. E quando estamos divididos o que é que nos faz realmente acreditar que "fomos feitos" para trabalharmos por conta própria? Há alguma característica da nossa personalidade que faz com que não nos demos bem com estruturas hierárquicas ou trabalho de escritório?
As pessoas que gostam de desafios, de novos projectos e de assuntos interessantes vão estar em constante luta com a sua empresa. As organizações têm hierarquias, regras e cargos que torna difícil para alguém que gosta de desafios conseguir ter mais desafios fora da sua função habitual.
Adoras projectos a longo prazo
Um grave problema que várias empresas enfrentam é como podem reter talento quando não existem desafios concretos para pessoas que queremos mais. Grandes profissionais procuram sempre sair da sua zona de conforto e alargar os seus conhecimentos e se uma empresa não lhe souber dar oportunidades para isso, eles sentem-se aborrecidos e saem.
És um criativo
Para mim, existem três tipos de pessoas: os que executam, os que gerem e os que têm ideias. Os indivíduos altamente criativos motivam-se todos os dias e procuram sempre ideias. O desafio é mesmo esse: como é que um talentoso indivíduo que procura novos desafios e novas ideias se consegue realizar num simples cargo com funções limitadas, a trabalhar das 9 às 5?
Tens talento
Acredito que cada pessoa tem um talento que se for descoberto e desenvolvido leva a uma carreira profissional mais cheia. Com a flexibilidade de horários de trabalho e o teletrabalho, muitas pessoas encontram a sua felicidade na sua própria carreira a terem os seus clientes e ideias. Se consigo fazê-lo sozinho, porque vou trabalhar para outras pessoas?
Queres governar o mundo
Não no sentido de que queres ser o rei do mundo, mas para quem tem uma ideia e quer agitar o mundo, deixar a sua marca na sociedade ou transformar algo, é geralmente uma pessoa com um grande espírito empreendedor. Pessoas como Tony Robbins, Gary Vaynerchuk e Sheryl Sandberg são indivíduos que não estão dentro dos padrões da sociedade e isso é que os torna originais, criativos e motivados a fazer mais e a deixar a diferença no mundo. Para ter essa vontade de crescer e contribuir para os outros, é preciso pensar fora da caixa - logo o cubículo com a secretária e o computador são uma limitação a esses sonhos.
Acreditas que és empreendedor? Pensa naquilo que gostarias de fazer e vê como podes trabalhar para concretizar esse sonho. A verdade é que não nascemos para fazer uma única coisa na vida e estamos sempre a tempo de mudar o nosso caminho - a vida é só uma e ainda por cima é minha, por isso só eu posso decidir o que quero fazer e ser.