A sorte.
A divina sorte.
Aquela sorte que não se paga, apenas arranja-se.
Aquela sorte que parece que só aparece a alguns.
A sorte que só aparece áqueles danados que não fazem nada mas conseguem tudo porque têm sorte.
Realmente, todos queremos ter um bocadinho de sorte. Ou até muita sorte. Ou então só aquele bocadinho que pode mudar muito a vida.
Aqueles que pedem por mais sorte são talvez aqueles que têm menos sorte. Porque eles não sabem de onde vem a sorte.
A sorte não cai do céu. A sorte não está em casa sentada no sofá a ver televisão. A sorte não está na varanda da casa de campo a olhar para o infinito. A sorte não está nos dias passados na cama a ver filmes.
A sorte está na rua. A sorte está nos cafés. A sorte está nas conferências. A sorte está em enviar CVs. A sorte está em palestras para equipas. A sorte está no trânsito. A sorte está nos jantares e reuniões. A sorte está nos relatórios e nas estratégias. A sorte está nas conversas. A sorte está nas apresentações.
A sorte está acção. Quem age, tem sorte. Quem age mais, tem mais sorte. Quem não age, não tem sorte.
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