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À deriva das estações

by - 08:30

Fico fascinada com a dinâmica dos meses do ano.


Estamos agora em Janeiro e há nem trinta dias atrás começava Dezembro, o mês do Natal e da passagem de ano. É a maior festa do ano, ambas cheias de presentes e com espíritos positivos em altas.
Depois entra Janeiro e depois de curarmos a ressaca, começamos em força o novo ano com o pé direito: deixamos de fumar, vamos ao ginásio, ingerimos mais verduras, tiramos o chocolate da despensa, dormimos as 8 horas por dia recomendadas e até pegamos naquele livro esquecido para o acabarmos até ao final do mês.

E depois chega Março e já vem a Primavera. Tudo acorda, as flores, os dias maiores, as alergias. Com o "romance" no ar, é só aguentar mais uns dias e ultrapassar as chuvas de Abril para chegar ao Verão.
A festa começa de novo: os dias grandes, as jantaradas, os festivais de música, os dias na praia e as noites sem fim. Agosto é a pasmaceira em que tudo está de férias. É o descanso dos guerreiros e Setembro é a reentré oficial: da escola, do trabalho, dos projetos pendentes. Entra-se de novo na rotina mas desta vez os dias estão a ficar mais curtos e o frio puxa pelos casacos e pelas botas arrumadas nos armários. Até chegarmos ao frio e ao gelo e às semanas antes do Natal que nos aquecem o espírito com a azáfama das compras e as promessas de bons serões e festas com a família e os amigos.
E começa tudo de novo.
É fascinante como o tempo passa rápido, sempre nestes altos e baixos, e andamos sempre à deriva. Uns sem saber bem a fazer o quê, outros a repetir todos os anos a mesma lengalenga, e outros a mudar ao sabor dos acontecimentos.
Não importa o que vivemos: as estações estão sempre a passar uma a seguir à outra, sempre em loop, sem esperar que organizemos a vida ou decidamos mudar alguma coisa. O tempo e as estações não esperam por nós. E por isso, para acompanharmos o ritmo, corremos atrás dos sonhos mas indo sempre à deriva das estações.

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